No escuro não sei caminhar
os passos rangem
nos balanços negros do olhar…
As nuvens brancas
choram flocos de anil,
espasmos… arrepio
na esquina do corpo…
As sombras
movem-se nas costas
sem luz
os pés cantam
no asfalto parado…
Os riscos esvoaçantes
partem
na madrugada solitária
onde o escuro
é um uivo
que o meu âmago
desconhece…
O escuro nada oferece
apenas abismo
paradigmas
onde apenas durmo
nas vestes do sonho
à espera da luz!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...