Poemas : 

Ou lá em casa – Lizaldo Vieira

 
Ou lá em casa – Lizaldo Vieira
Assim dizia minha avó
A enxada
Ta sempre inchada
Nunca amadurece
Antes bem acompanhado
De que só
Cortador de cana alheia
Nunca amealha
Pra comida de sereia
Em panela que muitos mexem
Fica insossa
Ou salgada
Em casa de ferreiro
O espeto é de pau
Onde como um
Todos comem até lambe os beiços
Em família de sete homens
Um vira lobisomem
O costume do cachimbo
Deixa a boca torna
Não vem de lagartixa
Porque estou de azulejo
Saco de rico
Anda sempre furado
Nunca enche
Em festa de rato
Não sobra queijo
Quando se vende fiado
O freguês desaparece
E o dono fica quebrado
Macaco velho
Não mete a mão em cumbuca
Triste de quem duvidar da cigana
Vai ficar a vida inteira
Sem saber ler
Todo menino é um rei
Desde quando
Cristo nasceu
Essa lista é infinda
Se prepare
Porque vem mais
Minha avó
Inda ta de prova
E de prosa


Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...

 
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Lizaaldo
 
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