a morte é intermitente
a vida é permanente
os espaços são objetos
os objetos são sementes
a luta está em min
e eu sou feito de ti
amando ou ferindo
acariciando ou quebrando
pensamento me distraem
razões me comovem
paixões me incentivam
ao vício da vida
escrever com desgosto
à overdose prevista
da vida aqui dita
da morte amada maldita
mas aqui estou
com coração apodrece
a alma enlouquece
e o futuro fúnebre
santos me chamam
outros minha renda
uns me padecem
outros nem tanto
outras vidas eu uso
perco mais à que uso
vou por não buscar
um vazio continuo em uso
me perco na colisão
me acho na solidão
no meu espaço complexo
na minha mente um verso
converso contigo
te toco e te sigo
distrai os nossos dias
e o verão escurece ao meu dia
a noite é o futuro
o dia é o passado
o segundo é a hora
e está no sereno de tudo
adoro o que está aqui
adoro o que perco ao fim
mas a solidão está em min
e tudo é simplesmente assim ?
que solidão , o que será ilusão ?