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Desatinos da razão

 

Desassossego-me na escuridão dos meus medos,
Aperta-se-me o peito na ansiedade do nada,
Pensamentos que se endurecem como rochedos,
As noites carregam lembranças da amada,
Dos carinhos passados, sussurrados em segredos
E das mágoas que renasciam pela alvorada.

E os gritos soltos nas dores do entardecer,
Recordam momentos de tortura e desencanto
Que se agitavam nos desencontros do querer
E onde devia sorrir o amor, acontecia o pranto,
As emoções turvavam-se a cada amanhecer,
A paixão e o amor perderam o seu encanto.

Perdem-se nas trevas do discernimento,
A beleza de um viver pleno de alegria,
Prefere-se o abraço duro do sofrimento,
À razão afagada na doçura da acalmia,
Desatinos da humanidade inconsequente,
Que seria mais feliz, na ilusão da utopia.

José Carlos Moutinho

 
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zemoutinho
 
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Enviado por Tópico
Ramgad
Publicado: 04/12/2011 15:39  Atualizado: 04/12/2011 15:39
Colaborador
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Mensagens: 930
 Re: Desatinos da razão
Triste, porém bonito.

Abs
Ramgad


Enviado por Tópico
12345
Publicado: 04/12/2011 18:53  Atualizado: 04/12/2011 18:53
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Mensagens: 6
 Re: Desatinos da razão
Parabéns! Lindo poema!