Nas doces tardes à beira do Rio Nilo.
Escrevi poemas, cantei poemas, de guerra,
de paz e de amor.
Saldei os deuses do sol, da fertilidade,
Salmodiei meus versos ao som da cítara.
Deixei legados em minha escrita,
tão rudimentar.
Falei do mar, de navegar, ensinei o povo
a se organizar.
Deixei cartas pra navegar, em outros povos,
fui buscar, o melhor das ciências, de riquezas,
muito além-mar.
Não fui rei, nem rainha, nem tive majestade,
apenas um artífice das artes,
Que um bom legado quis deixar.
Nos cantos, nas rezas, na dança,
nos contos, nos poemas, nas estratégias
pra vencer á guerra.
Quem fui eu? pouco importa, mesmo que
hoje esteja "morta"...deixei escritos que hoje,
abrem portas.
Portas sagradas, entre o passado e o presente,
mesmo hoje estando ausente, deixei um legado,
remanescente.
Fadinha de Luz
Maria de Fatima Melo (Fadinha de Luz)
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