Poemas : 

Matinal

 
Você há-de ver o meu nome,
Por sobre as notícias na tv, no rádio, nos jornais...
Que hão de quedar os teus olhos ao amanhecer,
E há-de se inquietar pela cozinha,
Até voltar ao quarto, E lá, há-de se deitar,
Por sobre a cama, a volver fotos, compulsar cartas,
E hás-de me encontrar na fresta de tuas lembranças
Que hão-de trazer o meu rosto, o meu beijo, o meu toque,
Os dias em que descansaste em meu peito.
Mas eu, eu não serei mais que uma lembrança amuada,
Mórbida, que como vento matinal sopra,
somente para que venha o sol...
E assim, em sua inércia há-de viver,
E tudo será como antes,
Fotos, cartas, poemas...
Serão as únicas testemunhas do amor que nasceu,
Pouco antes de tornar ao nada.


"Morremos gestantes da ansiedade que nada espera."

 
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Junior A.
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Enviado por Tópico
Vera Sousa Silva
Publicado: 15/01/2012 02:15  Atualizado: 15/01/2012 02:15
Membro de honra
Usuário desde: 04/10/2006
Localidade: Amadora
Mensagens: 4098
 Re: Matinal
Há recordações que ficam para sempre, mesmo quando um grande amor termina...
Construíste uma história de amor/desamor com cabeça num bom poema!

Beijo

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 03/02/2012 09:37  Atualizado: 03/02/2012 09:37
 Re: Matinal
Não serão só as únicas...mas também!...doce amargo...


Berloques

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 03/02/2012 09:39  Atualizado: 03/02/2012 09:51
 Re: Matinal
Como isto duplicou o comentário
e não tenho forma de o apagar...mas sim do editar
(acho que foi de propósito para eu deixar mais alguma coisinha...já que digo tanto que quando comento gosto de dizer algo mais...)

então aqui vai:


pouco antes do Tudo que era Tanto
tão forte
tão inquietante
mas que me deixava viva e nunca distante

e hoje...o que me resta é esta saudade!!




Berloques