Quem somos nós, Portugueses

Quis perceber "quem somos nós portugueses" através do teu "poema" e afinal descobri que "ser português é ser ladrão no puro do seu ser".
Esta aliteração (palavra "ser" repetida 3 vezes no mesmo verso) recorre de uma certeza do autor, e existe exactamente para nos dar a sua mais firme convicção naquilo que afirma. Tenho pena que se sinta (o autor) como tal, eu enquanto português não me revejo nessas palavras muito menos ditas por alguém oriundo da "mui nobre e leal cidade invicta".

Quanto à construção poética do texto em si, dizer desta que é pobre, é o mais simpático que se pode dizer. Mais valia o autor colocar o texto em prosa, ficava pobre na mesma pelas ideias produzidas, mas não ficava rebuscado na medida em que se classifica como POEMA. Porque de poético sinceramente nem as ideias...

Abraço Flavito

"Ser português é ser ladrão no puro do seu ser"

Aqui tenho que concordar com o Jaber. Para mim, exemplos de portugueses, são pessoas que nunca roubaram nada a ninguém e que ganharam o respeito da comunidade. Ladrões há em todo o lado, mas a esses eu não dedicaria as minhas letras, fossem elas arte, ou apenas letras.

Flávio

há, penso eu, uma diferença entre o "sermos" como Povo e aquilo que alguém quer que sejamos. o que descreve, corresponde, na minha opinião, ao que alguém pretende que sejamos ou quer condenar-nos a ser, é a sua visão, desse alguém e não a essência. considero verdadeiramente preocupante que uma pessoa da sua idade se julgue no direito de julgar todo um Povo numa parte da sua história e com tudo o que ela acarreta em termos de novidades mesmo para quem sabe muito mais da vida do que você ou eu. tento sempre incutir nos meus alunos de Secundário um espírito positivo e ainda que não tenha uma visão otimista do que nos chegue, não seria coerente deixar que crescessem num país que é o seu, ainda que padrasto em certos domínios, não acreditando que possam alterar algo ou que devam fazê-lo. por mais madraste que seja, um Pátria é sempre um espaço de solo que nos pertence e a que pertencemos. não possuir esse pouco, é possuir Nada. e depois, não culpemos o país, o Povo quando as vozes que se alevantam são as mesmas que pretendem que sejamos não sei o quê e contribuam para que a visão que se possua de nós mesmos, descendentes diretos, seja a mesma que a sua.

e se tem um motivo de orgulho que direciona para o seu clube, mantenha-o mas não me chame ladra que nunca roubei nada ao meu país nem a ninguém. na verdade, o país, na figura de quem o tem governado, será eterno devedor deste país real, diga-se, destas pessoas que o compõem. se tem razão nalguns pontos focados? sim, mas mais do que dizer a verdade é preciso saber dosear as palavras sob pena de se perder a razão.

cumprimentos, AM