Que fazer para algo ser.
Sem especial vontade mas com pausado conformismo indago...
Serei Luz ou Olho?
Serei Voz ou Ouvido?
Pastor ou Ovelha?
Recusada a idéia do ermita algo tenho que fazer ou não.
A minha inconsciente consciência obriga-me a tomar partidos e não mais consigo ser cinzento.
Por mais que tente ser morno,
acabo sempre por em pouca água ferver
ou melhor ainda por deixar arrefecer as coisas.
Estou certo da minha insignificância
mas a falta de significados foi algo que sempre vivi.
É difícil pôr os olhos em alguém
quando todos parecem andar ajoelhados.
Talvez seja a posição ideal para a troca de favores sexuais e afins...
A necessidade estará em escrever ou em ser lido?
Somos o que somos ou somos o queremos ser?
Será a contemplação inimiga da acção?
Estas e outras, muitas, dúvidas me levam a escrever na ânsia de me conhecer melhor e talvez conhecer outros.