Quem dera a chuva 
que lava o Mundo
regasse essa 
nova esperança
e apagasse a mágoa
que sobreviveu ao
último porre. 
Quem dera se
dessa insônia
vingasse um poema;
quem dera se
dessa caneta
nascesse um verso
à Princesa renovada
e toda espera
fosse terminada.
Quem dera,
fresca brisa do Atlântico,
tu me dissesse
que de novo
o amor amanhece.