Poemas : 

Holocausto

 
Às margens de tua face orvalhada
Pelo rio de lágrimas que te inunda,
Meus dedos percorrem tua tez úmida
E evitam o transbordar da enxurrada.

Na foz que se forma há desejos sufocados
Por delírios transeuntes que ficam reprimidos
E que boiam num leito carente em que gritos
Navegam na esperança de encontrar o colo amado.

Vertentes do olhar sombrio chacinado pela dor
Lutam em busca de reverenciar o grande amor
Que se camufla sob as águas da nascente...

Tédio vaporoso inspira o crepitar da chama
E a paixão arde num coração que se inflama
Mergulhado no torvelinho de um fogo incandescente!

 
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imelo10
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