A chama, enlouquece e determina feroz
A sede subtil que vem em devaneio
Silvestres espalham o seu cheiro veloz
Numa aragem quase em sorteio
A força vermelha corre nas veias
De tudo quer-se de tudo nada se tem
Risadas absurdas de vidas alheias
Fúteis são as mentes que nada obtêm
O complexo do reflexo e anexo
Da vida que vai e se joga
Numa corrente de maré surge o sexo
A sede carnal que se atira e rebola
O ser humano vira fénix em asas ardentes
Deixa o perplexo do avesso e repete-se
Erros e falhas mas no final ficam sorridentes
O moldar de uma atitude e a estrada que se esquece
Ridículo seja o padrão e o ciclo da vida
Mesmo que torne ela em aprendizagem
Uns mudam logo de seguida
E outros morrem na estupidez da imagem
Que criam para se acharem perfeitos
Mas na sua imperfeição tornam-se egocêntricos
Não passam de simples sujeitos
Que nada são mais que uns excêntricos