Poemas : 

PARA COM ISSO, MENINA

 

Não curti !
Não foi legal. Ver aquela moça formosa que gosto, em segredo
Passar pelas ruas esvoaçando seus lindos cabelos
Rebolando seu corpo formoso , com meus insistentes olhos a lhe perseguir

Como assim que não sou normal?
Ela é tão bonita
Que quando ela passa ela não anda; ela levita

Shortinho á delinear suas coxas gostosas
Cinturinha volumosa de pilão. Capaz de fazer velho gagá
Recobrar os sentidos e sentir vontade de aperta-la entre as mãos

Mas não nela !
E veja bem, que nenhum cabra tente em tais pensamentos
O meu sangue é fervido. Também sou filho de Deus
E por ela eu sou sim, ciumento.

 
Autor
Matheusoliveira
 
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Enviado por Tópico
Caio
Publicado: 01/11/2012 03:36  Atualizado: 01/11/2012 03:36
Membro de honra
Usuário desde: 28/09/2011
Localidade: Olinda, Pernambuco
Mensagens: 898
 Re: PARA COM ISSO, MENINA
lembrou vinicius naquele lixo
que todo mundo considera bom

"olha, que coisa mais linda,
mais cheia de graça..."

e que ficou tão famoso que até
versão em inglês aquela bosta tem.

o pior é que foi um lixo composto
com o tom, o mesmo tom que fez luiza.

a diferença é que chamo de lixo
essa música porque o vinicius
tem poemas e textos geniais
e o que todo mundo conhece
é "garota de ipanema".

você tem muito ainda pela frente,
o vinicius já tinha muita estrada.

mas enfim, sobre seu poema:

não gostei. esse poema é um tanto redutor,
trazendo a imagem da mulher feito carne, objeto.

sei não, poderia ter trabalhado melhor
a idéia, que já é fraca. há repetições
desnecessárias como em "moça formosa",
"corpo formoso", além da adjetivação
recorrente que põe uma lapa no leitor
pra que tenha certeza de que a mulher
é bonita, linda, formosa, etc.

poesia não é certeza.

repetição novamente na próxima estrofe:

"ela é tão bonita",
"ela passa",
"ela não anda",
"ela levita"

fica feio, fica forçado. dói ao leitor mais atento.

a próxima estrofe continua falando do físico da moça,
o que deixa o poema ainda mais pobre. olha só,
você fala que a mulher é tão "gostosa" que
até "velho gagá" iria querer "apertar".

não, cara, isso não ficou bom, me desculpe.

o final sugere que o eu-lírico seria capaz
de chegar "às vias de fato" por conta de ciúme,
mas não entendi o porquê da frase "também sou filho de deus".

tem uma frase que também não tem nexo:
"Como assim que não sou normal?". é um diálogo?

percebo que o poema parece tentar retratar o ciúme
sentido por uma moça (que o eu-lírico gosta "em segredo")
que passou por onde o eu-lírico se encontrava
em trajes, hmm, mínimos. nada de anormal, como diria
o gessinger. se for isso, o poema é de uma superficialidade!


é minha opinião sincera de leitor.