Poemas : 

Estranha paz

 
 Estranha paz
 
Naquele romper de dia
A brancura da paisagem
Denunciava a noite fria
Árvores adormecidas
Imóveis, na sua quietude
Pássaros em ausência plena
Pessoas que tardavam em chegar
Flores que esperavam a Primavera
Para o seu desabrochar
Mergulhada em estático silêncio contagiante
Uma estranha paz inebriante
Apoderou-se de mim
E eu fiquei assim
A pairar serenamente
Naquele mundo de tranquilidade
Que vai para além da realidade

Mas eis que de repente
De volta aos meus sentidos
Um corvo, dois corvos
Saltitam irrequietos
Sobre a húmida folhagem
Quebrando aquele silêncio
E a brancura da paisagem

Está de volta a cor, o som
O movimento, a alegria
É o meu regresso à vida
Que eu vou viver nesse dia


 
Autor
JoanaMatias
 
Texto
Data
Leituras
949
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
6 pontos
6
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 08/12/2012 11:01  Atualizado: 08/12/2012 11:01
 Re: Estranha paz
Um poema maravilhosos, decanta a netureza, que beleza


Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 09/12/2012 17:59  Atualizado: 09/12/2012 17:59
Membro de honra
Usuário desde: 14/08/2007
Localidade: Setúbal
Mensagens: 11076
 Re: Estranha paz
Joana,
Um hino à paz que reside na natureza.
Beijinho
Nanda


Enviado por Tópico
Volena
Publicado: 15/12/2012 00:28  Atualizado: 15/12/2012 00:28
Colaborador
Usuário desde: 10/10/2012
Localidade:
Mensagens: 12485
 Re: Estranha paz
MUITO BELO ESTE POEMA.BJO. VÓLENA