Poemas : 

Tempo de juntar os cacos - LIzaldo Vieira

 
Tempo de juntar os cacos - Lizaldo Vieira
Andar rápido
Arregaças as mangas
Ser pratico
Pragmático
Olhar o céu de brigadeiro
Observar as pedras de sal
Ver mandacaru florear
E reclamar de Desus
Já não fazem mais tanta diferença
A seca assola
A chuva torrencial
Chega implacável
Desagua num rio de problemas
Lá vem temporal lavando
Derrubando
Arrastando tudo
Tufões
Cataclismos
Tsunamis
Incríveis enchentes
Arrastam vidas
A temperatura muda
Não há tempo de esperar
Aqui tá frio
Acolá esquenta
Geleiras derretem
O pinguim padece
Mar furioso avança
Em busca do que lhe tomaram
E derruba o bangalô
Do continente desconhecido
O clima endoidece
A terra aquece
Humanidade de deu em deu
Nem pode mais ser retirante
O gado sertanejo morre
Ninguém socorre
Quem leva a pancada
Muito padece as consequências
Gente sem ou com atitudes responsáveis
Mais que reclamações
Precisamos de providências
Mão na consciência
Nada de meia culpa
Moradores terráqueos
Á luta por uma terra só
Somos uns pelos outros
Espécie irmã siamês de outras formas vitais
Ninguém é ou será superior ao próximo mais invisível
Salvemos gaia
Do estado dosolador
De abismo
Com atitudes simples
Coerentes
Corretas
Não vamos deixar tudo cair em profundo
Buraco sem fundo
Irremediáveis atitudes devem ser tomadas
Antes que a vaca tussa
E vá definitivamente para o brejo
Sem mais tempo de remediar
Irremediável loucura dos deuses


Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...

 
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Lizaaldo
 
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