Hoje amanheci com cara de quinta-feira. Tá tudo indefinido; as nuvens chegam, desfiam-se, refazem-se, voltam.
Ao abrir meus braços, vejo o sol a observar a minha postura. Ele gargalha, pisca e ameaça esconder o brilho e a intensidade da sua luz.
A quinta-feira passa preguiçosa. Eu volto a desejar uma cama nova e macia, traquitanas tecnológicas de última geração, roupas confeccionadas com tecidos inteligentes, para refletir o meu estado mais íntimo e a tensão entre os governos do Oriente Médio.
Tarde da noite, desligo a TV. Alugo espaços, esfrego-me nos teus braços e tudo que mais quero é sonhar. Vivo um tempo de amores vadios e calados.
Poemas em ondas deslizam nas águas.