Durma bem criança,
Pois eu estarei aqui ao acordar,
Quando os olhos pesarem
E puder finalmente descansar,
Lembra que este silencio precioso
Que é tão próximo da morte
A leva ao infinito das palavras nunca ditas.
Recline-se sobre teus medos,
Neste reino não há tempo.
Em intervalos decimais
A chama quase morna,
Embora obcecado com o sono eterno,
Talvez esqueça o que já não ama.
Um jardim secreto,
O trabalho noturno.
Dias e noites que quase não durmo
Colhendo asas decepadas de borboletas
Enquanto a mesma voz diz: boa noite!
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@artatw