PAIXÃO LATENTE
(Jairo Nunes Bezerra)
Triunfa a vontade de dizer-te o quanto te amo,
Mas a timidez controla o meu desejo...
Sei... Tu és uma santa e eu não sou santo,
E pra teu céu não tenho ensejo!
Tu sempre foste linda deveras rosa,
E de meu jardim, rosas figurantes murcharam...
Tristonho quis partir... Ir embora,
Mas concentrado em ti meus anseios voaram!
E agora o que fazer nesta solidão?
Se de ti não tenho sequer aproximação,
E sorrindo vou caminhando pra não chorar!
Anoitece e na enegrecida noite cintilam estrelas,
Presente da natureza,
Atraindo o poeta que se refugiou no luar!