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Carta de Amor Número 12

 
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Carta de Amor Número 12
by Betha Mendonça

Belém, 06 de agosto de 2013.

Amado,

Há muito não escrevo a cantar-te o meu amor, pela falta de tintas nos meus olhos, capazes de dizer-te de todas as cores desse sentimento, que de tão antigo amarelou com os anos, e, girassol, ainda segue o compasso da tua sinfonia distante.

Não! Os calendários que percorreram os anos, que se perderam por dentro dos relógios do tempo, desse infinito Universo, nunca tranquilizaram o desassossego dos meus dias!

Todo agosto é assim: depois que os amores-perfeitos e as marias-sem-vergonha sufocam sob os malmequeres, silenciam os dias e as noites. Bem sabes como tarda a primavera aqui...

Hoje reli alguns poemas teus, que inspirados diziam tudo àquilo que por mais de uma década fui para ti. Então, cega que descobre a luz, eu olhei bem dentro da minha alma rebelde, inquieta e intempestiva. Ela levou-nos ao atual inverno de frias palavras. Do afastar das mãos que dançaram juntas em tantas madrugadas e ergueram-se aos céus para glorificar o sol do amanhecer.

Não, eu não esqueci! Ainda guardo saudades indescritíveis, penduradas em pontos de interrogações ao contrário, somente crentes por aqueles que perderam o amor das suas vidas...

Beijo na boca,

B.
 
Autor
Betha Mendonça
 
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Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 06/08/2013 21:14  Atualizado: 06/08/2013 21:14
Usuário desde: 03/09/2012
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Mensagens: 18165
 Re: Carta de Amor Número 12
Poetisa Betha
Aprecio muito cartas de amor!

Ainda guardo saudades indescritíveis

Bela e sentida! Beijos!
Janna


Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 06/08/2013 21:32  Atualizado: 06/08/2013 21:32
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Mensagens: 10200
 Re: Carta de Amor Número 12
Boa tarde Betha, as cartas de amor, são difíceis, de se escrever, por que apagamos muitas vezes a frase ou palavra escolhida trocamos por outras de maior ou menor impacto ou agressão, mas depois que vamos aos correios e a enviamos, começa o nosso tormento, como pude escrever tal coisa, e muito mais como pude deixar de escrever tal coisa, e de modos que ao invés de alivio nos sentimos mas angustiado depois de remetermos um acarta de amor para o nosso desejado ser. Parabéns pelo seu instigante poema, um grande abraço, MJ.