"...Todas essas tribulações terrenas não valem sequer único lamento,
um instante sequer da sua tristeza. Livre-se, deixe a alma vagar..."
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Ao lado esquerdo do convidado do paraíso
Serão sonhos mesquinhos e gemidos e lágrimas de pobre estrela,
caminhando sofredora ao lado esquerdo do convidado do paraíso ?
Se reside na imaginação das meras criações mortais essa mazela,
creia em minhas palavras, desgarradas sobre esta terra sem juízo.
Todas essas tribulações terrenas não valem sequer único lamento,
um instante sequer da sua tristeza. Livre-se, deixe a alma vagar,
errante sobre os oceanos entre velas das fragatas; solta ao vento
ondear sem rumo, calmamente flutuar na névoa, apenas deslizar .
Enquanto por plagas de tão contagiante esplendor a alma peregrina,
deixe o corpo permanecer quedo nos campos, na linha do horizonte,
no mesmo limiar das bordas das nuvens do céu de indescritível anil.
Sinta emanada da relva permeada do aljôfar a energia cristalina,
deixe-se ficar em paz, em regozijo, sequer uma agrura desponte:
sua felicidade é redoma, a tristeza não tem como adentrar hostil.
" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
muito menos prescritores."
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Re: Ao lado esquerdo do convidado do paraíso
