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Viagem

 
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Corre sem fim o rio atrós
Para tras não podes voltar
Dá a moeda ao velejador
E ele ao sítio te levaá.
Caem do céu os negros anjos
Prontinhos para te destruir
O corpo, a alma e o que mais
Nas suas mentes lhes surgir.
Oh! Mão atrós que te estrangula
E te arrasta para o demo
Prazer incessante, infecundo
Não te deixa nem mais um segundo
É o fim, o fim eterno!

 
Autor
Nuno Grande
 
Texto
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