Poemas : 

Tempo das Águas

 
Tempo das Águas

É preciso beber o tempo e
sorver cada gota momento,
pois eis que se navega
todas as idades
e inexistem as barragens.

É preciso beber o tempo,
pois os portos são provisórios
e as curvas que o rio faz
não lhe alteram o destino.

É preciso beber o tempo,
pois os desertos estão à espreita
e a seca nas almas
afugenta os colibris.

É preciso beber o tempo
e embriagar-se da vida.
Aplacar toda sede
e regar todos os campos.

É preciso beber o tempo
e sentir a saciedade
do caminho andado.
É preciso, então, saber
que é hora de voltar à nascente.


Produção e divulgação de Pri Guilhen, lettre, l´art et la culture, assessora de Imprensa e de Relações com o Público. Rio de Janeiro, inverno de 2014.


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Blog - Versos Reversos

 
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FabioVillela
 
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