Ontem, uma nuvenzinha em seu mistral,
Vento, sob a luz do orvalho triste...
Veio a mim, e como o fascinante litoral,
Chorou lágrimas de saudade em riste.
E os meus olhos, que rasos d'água ficaram,
Numa incontida vontade de abraçá-la.
Mas, na impossível distância - quebraram
O mirante espelho, que a ela observara.
E assim...vagamos nós pelo infinito,
Mar da vida, que acolhe as lágrimas
Do céu, que é o Pai das máculas...
E dos que choram em eternas nuvens frias...
Como um imenso atrativo, a saudade habita
Os sentimentos, que somatizamos nos gritos!
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)