não sei se os olhos confessam,
se a canção é linguagem,
se Deus cria-recria,
o verso-consentido;
há lendas a se contar,
papéis, confissões,
cimento-areia-parede,
tijolos-alicerce;
conheço o teu bailado,
teus ruídos,
teus segredos,
a língua da tua rua;
o que me agrada em ti,
é a bruma do cio,
na sintaxe
de cada manhã...