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A desconhecida

 






A DESCONHECIDA

Dormi mal. Sem dores no corpo mas preocupado
Por isso, não eram nove , saí à rua. Sentei-me só
Numa mesa da explanada. Depois, pedi café
E com tristeza dedilhei e analisei meu triste fado

Passado pouco tempo descia a rua, com serenidade
Linda e jovem senhora; na mão um ramo de flores.
Nunca a tinha visto, nem falado. Mas olhando para mim
Logo se apercebeu que estava por amor sentindo dores.

Então tirou do ramo uma flor vermelha e ma entregou
Sorrindo; acrescentou ainda : -por favor, senhor.
Beijei sua mão, e disse - obrigado, minha senhora.

Ao ver-me triste e só talvez como ela, então pensou
Que estava sofrendo ali, só e triste por amor.
E sorrindo ainda ,desceu a rua e foi-se embora.





 
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D.Sousa
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Enviado por Tópico
fernandamoreira
Publicado: 01/12/2014 18:19  Atualizado: 01/12/2014 18:19
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Mensagens: 2461
 Re: A desconhecida
Que magnifico
suspirei
aqui

bjs Parabéns

Nanda

Enviado por Tópico
Semente
Publicado: 01/12/2014 19:40  Atualizado: 01/12/2014 19:40
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 Re: A desconhecida
Boa tarde poeta!

Quem tem olhos de "ver" enxerga o que ninguém percebe. Muitos de nós, passamos pelas pessoas, e as olhamos, mas quase nunca enxergamos além. Teu poema suscita essa reflexão, entre o "olhar" e "enxergar". A desconhecida do teu poema tem "olhos de ver"!

Feliz semana, D Sousa! Abraços...