Poemas : 

Quando voltas?

 
Tags:  RICARDO  
 
 

Deixastes os olhos órfãos de mar
E corações sem o azul do chão…
Separando da areia o sal molhado
Convertendo o luso poemas
Num naufrágio infernal …
Sem o teu legado das marés…
Sem o Astrolábio dos teus vocábulos …

Onde andas tu, Poeta, das ondas “maestras “ …?
Não vez que deixaste os barcos sem mastros …
E as nossas vistas sesgas sem as tuas letras " marinheiras "
E a esperança desfeita no vazio do cais
No dia que embarcaste sem o nosso sustento do coração …


Quando voltas?
E trazes contigo o verde-mar nos dedos….
Semeando gota a gota
O som,
A brisa,
A espuma …Num poema,
Aproximando dos oceanos as Letras
Como búzio no deserto
Como telescópio das estrelas….

Por favor Ricardo, volta… estamos cheios de saudade, esperando a embarcação da tua mais bela poesia… como gaivotas, que esperam a varina bondosa que as trata como filhas alimentando-as…







 
Autor
Monstro-daslágrimas
 
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Enviado por Tópico
Semente
Publicado: 27/01/2015 01:28  Atualizado: 27/01/2015 01:29
Membro de honra
Usuário desde: 29/08/2009
Localidade: Ribeirão Preto SP Brasil
Mensagens: 8560
 Re: Quando voltas?
Na volta , o poeta tão esperado, trará na bagagem a poesia que empresta sentimento e sentido ao mundo. Tem jeito não, Monstro das Lágrimas, teu poema emociona, arrebata e escorre dentro da gente. Muito lindo!

Beijinhos de fã !!

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 27/01/2015 11:18  Atualizado: 27/01/2015 11:18
 Re: Quando voltas?
Lindo demais, parabéns! li e senti.

Enviado por Tópico
Transversal
Publicado: 09/04/2015 03:30  Atualizado: 09/04/2015 03:30
Membro de honra
Usuário desde: 02/01/2011
Localidade: Lisboa (a bombordo do Rio Tejo)
Mensagens: 3755
 Re: Quando voltas?
já devia ter vindo aqui Agradecer-te humildemente, mas por vezes a tal porta da pseudo vaidade faz com que pense que seja hoje, mas depois adia-se. Jamais será tarde agradecer as tuas palavras
"A espuma... Num poema
Como búzio no deserto", ah... e como sinto, ainda hoje, a falta das varinas, e do fado vadio "o som
a brisa". Sabes que por vezes temos de descansar, de tentar limpar algumas algas que se espraiam tapando os fundos das cidades que ainda resistem no fundo do mar, e será sempre assim. Depois, digo-te com toda a sinceridade que nós que escrevemos nem sempre temos a noção de quem nos lê e o que pensam das imagens, sons, brisas que tentamos transmitir, até porque a Poesia, como bem sabes, é algo muito, muito pessoal.
Quero que saibas que gostei muito do teu texto (que já o tinha lido, sim) e que me senti orgulhoso e lisonjeado Talvez um pouco vaidoso.
Muito Obrigado.

Agradeço-te