Invade meus labirintos
espreita-me debaixo
dos lençóis solitários onde
me escudo faminto
visionando todas os teus
mais secretos e flagelados sonhos
Cobiça-me fervilhante
ante a noite inóspita que
me acendes de expectativas
rejuvenescidas e tácitas
quando nossos seres apetecidos
redesenhados estilisticamente
na arte exuberante do amor
se expõem explícitos
ante escorregadios afagos
que jazem já debilitados e famintos
meus sonhos
disputados em horas inúteis
enquanto velo ternamente os códigos
poéticos prescritos fora da lei
sem veredictos litigiosos
nem pena máxima por cumprir
apenas sob a égide unânime
a vida inteira teus alicerces
todo eu completamente te suprir
Pensa-me deveras
antes que Setembro se
aproprie dos nossos equilibrios
antes que o Atlântico te desvie
de minha rota
e acabes inundando Pacífica
nossas inconfessáveis delicias
desfrutadas em delírios
onde me deito e deleito a teu jeito
onde trocarmos tantos beijos
totalmente sentidos a preceito
Fico ansiando
no curso dos ventos
como seria licito
ter-te todo mais implícito
acalentar-te em silêncios insólitos
admirar-te,assim livre
no auge revelado com que
tentadoramente nos comprometemos
e inimagináveis nos excedemos
Amanhã
se me deres acesso
ao teu pavio
acenderei todas aquelas
nossas fantasias
prestes a explodir
ansiando insaciáveis tua chama
peregrina
assim alivie meu corpo do teu
assim seja esta euforia
ressarcida, porque sei
então eu
uniteralmente…mais te amaria
FC
Mais textos
Rss do autor
Estatísticas
Enviar
Imprimir
Criar um pdf
Re: No curso dos ventos
