Deixaste-me perdido ao abandono,
Senti-o até no íntimo do consciente!
Este amor sempre foi sem dono
Foi real na fantasia de quem mente.
Tempos passados em que pedi à razão
Que me preenchesse mais de luz,
Em vão! Restou apenas a sensação
Que foste na minha vida a maior cruz!
De tudo subsiste apenas uma lembrança sobeja,
Dos tempos de outrora onde fomos felizes, inveja
Das noites de volúpia passadas sem sono...
Hoje, nos olhos rastros lacrimosos d'agua!
O choro a perpetuar a consentida magoa!
A eterna descompreensão do teu abandono.