Poemas : 

À beira do absurdo

 
À beira do absurdo
 
Corro como um louco, doido varrido,
E levo de arrasto quem me encanta.
Mato a sede na lágrima, choro dorido,
Um desatino que a minha dor suplanta.

Desfaço nós dentro de nós mesmos,
Como quem grita num ouvido surdo.
Cato do chão o amor que nós temos,
Corro ainda mais, e beiro o absurdo.

Entre o choro, o grito, o passo veloz,
Anseio um só momento contigo a sós,
Esmurrando o ar, perdendo no vento,

As certezas e as verdades de outrora,
Que já nem sei mais o passo das horas,
De tanto que quero perder-me no tempo.

 
Autor
arturmacedo73
 
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