Sonetos : 

Soneto do agir mais sensato

 
“Já da velhice nos sentidos tardos,
Alfim chegamos ao famoso estreito,
Onde Alcides aos nautas pôs resguardos,

“Que devem respeitar por seu proveito.
Deixei Septa, que jaz ao esquerdo lado,
E Sevilha, que ao lado está direito.”
A Divina Comédia – Inferno – Canto XXVI






Que tudo se cumpriu, acredito, com agir sensato;
o que queriam iria se tornar realidade mais cruel.
Os caminhos todos foram solidários com o acato,
ocasionalmente, todavia, destoa como fruto do fel.

Na memória penetrante, desprezando a distância,
os rastros tranquilos não desaparecem definidos,
tudo urde aqui, brilhantemente, bem na instância;
intensa envolve, mantém sempre-vivos sentidos.

Não há nexo algum em questionar se era necessário;
formular suspeições, perguntas supérfluas demais:
não que se considera por derradeiro o valor absoluto!!

Imódico seria pois, julgar que possa ser algo corolário,
sem cogitar que suporte já terem sido ideados sinais:
- Simplesmente as coisas laboram de modo resoluto!





 
Autor
shen.noshsaum
 
Texto
Data
Leituras
501
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.