Poemas : 

A Última Aquarela

 
Têm dias que me sinto assim
Com um nó apertado dentro do peito
Amarrando os meus sentidos
Deixando-me desenxabido
Falando frases sem efeitos

Algo me corrói por dentro
Tirando a beleza dos vocábulos
Me levando a bocejar
Não me inspirando rimar
Querendo me livrar dos óculos

E nada tem significado
Fico buscando respostas
Não quero te estender os braços
O meu coração fica em pedaços
Querendo te virar às costas

A beleza do raio do sol não vejo mais
Não consigo ver nenhuma poesia
Parece que estou sofrendo de amor
Fico me desfazendo em dor
Não vejo beleza no dia

Um filme desbotado passa no meu coração
Com trilha sonora em silêncio
Fico assistindo
E o enredo vai se desenrolando
Com cenas de um tédio imenso

Ah... como eu queria sonhar!
Sonhar com o impossível
Sonhar na busca do infinito
Pra soltar aquele definitivo grito
Por te enxergado o invisível

Então apreciaria a beleza da vida
Pintaria a minha própria tela
Com tintas que trago no coração
Daria asas à imaginação
E comporia minha última aquarela


 
Autor
Pacheco
Autor
 
Texto
Data
Leituras
472
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.