Sonetos : 

A NOITE MAIS ESCURA

 
Tags:  SONETOS 2001  
 
A NOITE MAIS ESCURA

Às vezes quero tanto que amar dói...
Malgrado ainda à língua o gosto amargo
Conheça da consciência sob o encargo
De alimentar o mal que me corrói.

Se a memória o remorso 'inda remói
Para que da beleza passe ao largo.
Basta! Não mais seja a vida, sem embargo,
Um enredo à procura d‘outro herói...

Parecem com ganidos os meus ais...
Ou antes, com estertores de loucura
Soando através da noite mais escura.

Que em meio à escuridão vista jamais,
Só espero que a angústia me enlouqueça
E, esquecido de mim, também te esqueça.

Betim- 10 12 2001


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
Autor
RicardoC
Autor
 
Texto
Data
Leituras
530
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.