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A BUSCAR-TE

 
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A BUSCAR-TE
 
A BUSCAR-TE
(Jairo Nunes Bezerra)

Dizes que os meus poemas figuram tristonhos,
Ignoras as desilusões impostas pela natureza...
O poeta agora desvanecido, deixou de ser risonho,
Ao afastar-te deixaste-o sem a tua beleza!

Fito o firmamento buscando-te entre estrelas,
As nuvens enegrecidas roubam o teu esplendor...
Até me fitam com aspereza,
E em mim se propala um inesperado dissabor!

O meu fixo olhar continua velejando pelo céu,
Solitário continuo ao léu,
Triunfando (em mim) o desejo de ver-te!

Logo te avisto metamorfoseada em lua,
A magnificente imagem serena em mim atua,
Como posso esquecer-te?

 
Autor
Jairo Nunes Bezerra
 
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