Prosas Poéticas : 

Que sabes tu...

 
 
Que sabes tu…

de todas as horas serenas

onde me espreguiço

ante a fraterna

lágrima quieta

e branda

embebedando-me safisfeita

assim que se debruça o sol

prostrado na tua varanda


- Que sabes tu…

porque encetei

a longa caminhada

enxugando todos os pesares

que carrego neste percurso

soçobrando a noite

no bater de dois corações

desembainhando pureza

aliviando meus dissabores

educando o saber que trazes

na brisa de todas as gentis

subtilezas


- Que sabes tu…

onde nasceu o fogo

cada silêncio

onde demarcámos a luz

corrigimos fronteiras

brandindo fé

no terreno de todas

as trincheiras


- Que sabes tu…

onde arrumei minhas galáxias

roubando a via láctea

nas noites onde desperto

sereno e te deixo

em asfixia morrendo

o corpo dolente

desbravando silêncios

eufóricos tão convergentes


- Que sabes tu…

dos momentos inesquecíveis

emergindo sedutores

aconchegando a alma

eloquente onde pacificamos

as utopias

as palavras inefáveis

a dor que veleja hoje até

à imortalidade de todas as vidas

galgando com fervor audaz

nossas imutáveis cartografias

onde pernoitamos na meiguice

do tempo

mapeando

o amor de cores fantásticas e insaciáveis

Que sabes tu …

FC

 
Autor
Frederico
 
Texto
Data
Leituras
459
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.