Poemas : 

Ingenuidade

 


Vi na enganada alma,
ilusões perdidas;
esperanças
destruídas pela escuridão.
Vi as marcas tão amargas,
cicatrizes.
Nas crateras das explosões;
a fé ainda permanece.

Há marcos invisíveis,
caprichos do destino,
fatalidades.
Tempo passado;
no decorrer do tempo,
sobressaltos,
caminhos inesperados.

Ao longo dos anos,
confesso ter sido ingênuo,
infantilidade,
até simplório e ameno,
mantendo a fé e a esperança,
credulidade,
sem vergonha de sonhar.


 
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Dellamare
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Enviado por Tópico
GabrielaSal
Publicado: 19/08/2016 13:33  Atualizado: 19/08/2016 13:33
Colaborador
Usuário desde: 19/01/2013
Localidade:
Mensagens: 790
 Re: Ingenuidade
Não se pode ter vergonha mesmo
de sonhar!


.•´¸.•*´¨) ¸.•*¨)
(¸.•´ (¸.•`*´ Gabi.♥

Enviado por Tópico
Margô_T
Publicado: 26/08/2016 08:52  Atualizado: 26/08/2016 08:52
Da casa!
Usuário desde: 27/06/2016
Localidade: Lisboa
Mensagens: 308
 Re: Ingenuidade
O sonho e a esperança que seguimos, contrariando “as marcas” “amargas”, as “cicatrizes”, as “crateras das explosões”, as escuridões, os “sobressaltos”.
Os “caminhos inesperados” existirão sempre, tentando arrebatar-nos as “ilusões”, mas “ao longo dos anos” se aprende a desaprender o que se aprendeu – e a voltar a ter esse espanto de criança que faz com que tudo nos pareça magia… “sem vergonha de sonhar” nesse “tempo passado;/no decorrer do tempo”.
Destaco o ritmo do poema (muito vívido essencialmente devido às imagens fortes das duas primeiras estrofes) e a escolha aprimorada do vocabulário (muito poético e envolvente).
Sinto, também, um cuidado especial com a sonoridade do poema: há palavras que se entrelaçam com outras de uma forma muito una.
Parabéns.