SOB ONDAS
(Jairo Nunes Bezerra)
A visão das ondas freia os meus passos,
Itinerantes, molhados e ativos...
Sempre em atividade céleres sob descasos,
Envolvidos por evoluções em laços afetivos!
Mal as múltiplas ondas são dispersadas,
Águas azuladas ocupam a vaga em calmaria...
Foram-se as ondas pelo vento apressadas,
Tais do coração inesperadas arritmias!
E um silêncio tumular vagueia pelo espaço,
Não se ouve um sequer um passo,
À aproximação de mais um anoitecer!
Sono dominante impulsiona-me para cama,
A natureza endossa a altivez e não reclama,
E dormitar já faz parte do meu arrefecer!