SEGUINDO-TE
(Jairo Nunes Bezerra)
Vais lentamente velejando pelo céu,
Na terra deixastes solitário um pobre poeta...
Azucrinado ele vive ao léu,
E desvitalizado sem ti nada mais lhe resta!
Mais e mais te distancias com expansão,
As nuvens enegrecidas seguem os teus passos...
No amplo espaço tudo vira atração,
E tudo vislumbras com descasos!
É que agora ausente de teu habitat natural
Convives com o sobrenatural,
Excedendo as forças da natureza,
E em busca de tua presença fito a amplidão,
Sufocado por inesperada emoção,
Ampliada por incertezas!