A fé faia sim
Pega no canto da meeira
Quem faiô tamém
Do balaio pra tuia a colheita
Num é castigo
Nem vertige nem passage
É tosse pura, terra seca
Das boa estiage
Quem cura friage
É cachaça com carqueja
Se espirra o bode
Torce ocê dele bigode
Se pra missa vai à pé
Toca nele um rapé
Estrada de pura
Puera vermeia
Quem nem saudade dá
Menos nessas coisas de faiá
Deixa la pras bandas do faiá
Num cocho raso do seu emborná
O pau caiu a foia
Mas no chão moiado
Brotô a flore
No espigão do serrado
Faia na terra
Faia na serra
Faia no véu
Mas num faia no céu
Poema em construção
Pode faia moço!
José Veríssimo