Poemas : 

JULGAMENTOS E CASTIGOS

 
Agora que nos perdemos
atracados no silêncio sempiterno,
feridos pelos severos, cruéis e inquisidores
verbos, e tomados por rancores
insanáveis;

após caminhares
pelos bailes da vida, quando as cortinas
do grande espetáculo estiverem
a se fecharem,

dize-te
de ti mesma,
ao olhares teu rastro
pelos caminhos perdidos
da vida,

sobre teus prazeres
calcinados, sobre tuas as paixões
desvairadas, e sobre teus amores desvalidos,
para que inscreva
em tua lápide
fria:

“Aqui jaz quem
pensava ser um anjo de luz,
mas era eu, simplesmente
uma cadela humana!”



Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)


 
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Thor
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