Não venham hoje bater à minha porta. Hoje não estou... Não recebo ninguém. Quero sentir-me velha, rude, morta, encurralada na dor que me retém.
Não venham hoje encher a minha sala de risos, de barulho, de questões... Quero o silêncio que me canta e embala. Não quero fitas, nem arcos, nem balões...
Deixem-me só na minha solidão. Tenho paz, tenho luz na minha mão e a caneta já fala de alegria...
É mais um pouco... À dor vou dizer não. O papel é amigo e é irmão. Quero estar só... Para ouvir a Poesia!