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Peleja da mor-te com mor-temer na sétima sala

 
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Enquanto isso, na sétima sala do Palácio do Jaburu, como de hábito, o temeroso recebe uma visita "fora do horário" de "trabalho".
Só que desta vez, era o Mr. Mor-te, depois de vencer o cruzado em o Sétimo Selo de Ingmar Bergman.

- Ah, que surpresa inesperada, já ia me recolher para uns "voos" noturnos...
Posso recolher sua capa e "cajado"?
* Não, neles ninguém toca, a afinal sei muito bem que você trouxe a sua capa preta lá da Transilvânia...
- Quer beber algo, quem sabe um uísque envelhecido...
* Deixa de enrolação, envelhecido já basta você, seu espertalhão, está na hora de acertarmos as contas...
- Pensando bem, que tal a gente jogar uma partidinha de xadrez, sei que é seu fraco...
* Está bem, só uma partida, com o xeque-mate acabou, que fique bem claro, tenho outras entregas a fazer hoje, pro demo...
- Ah, deixa eu ficar mais um pouquinho só, pra ver o "michelzinho" crescer, prometo fazer todas as reformas...
* Não, já está na hora de sair do Jaburu, vou te mandar para uma prisão no Amazonas.
- Faz isso comigo não, tenho medo do pirarucu...
* Então você vai pro Palácio do Planalto?
- Não, pelo amor de Deus, está cheio de fantasmas lá, aparecem até de dia...
* Sei, mas os que aparecem na calada da noite no Jaburu e gravam não são fantasmas, né?
- Hum, perdi a primeira, mas nós combinamos foi uma melhor de três, não? Tipo play-off... afinal já escapei de duas denúncias com meus amigos do congresso.

AjAraujo, o poeta humanista, escrito em 4/6/18.

Charge por Jota Camelo
 
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AjAraujo
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