Sonetos : 

O Cadáver

 
Cobria a noite os mais funestos rastros.
O vento, sibilante e furibundo,
Trazia uma mensagem do submundo,
Em tudo pondo gélidos emplastros.

A noite repugnava até aos astros.
De um cadáver o cheiro nauseabundo
Empesteava totalmente o mundo
Gerando contorções nos epigastros.

Levanto-me da cama, acendo a luz.
No chão, a mácula de sangue e pus
Me faz pensar: 'staria o morto aqui?

Pego a foto de quando era criança
E vejo que o cadáver é a esperança
Que nunca mais no peito revivi!

 
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guilhermefk4
 
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