Sonetos : 

Soneto a Arthur Schopenhauer

 
No afã de dissecar o ser que sou
Com o bisturi transcendental kantista,
Congrego um misticismo de budista
E a tenebrosidade de Allan Poe.

Descrevo o transe estético do artista
Que da Vontade cega se esquivou
E glorifico o asceta que adentrou
A paz inconsciente do protista.

Busco o silêncio da paisagem erma
Para não me perder como um palerma
No infausto labirinto da ânsia humana.

E visto que detesto a própria vida,
Escarro na avidez indefinida
E atinjo na abstração o meu Nirvana!

 
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guilhermefk4
 
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