Poemas : 

Por favor apertem a merda desses botões

 
A realidade é como uma puta
tentando foder comigo,
aperto um guimba e nunca
me mantenho sóbrio.
Não sei se estou morrendo
lentamente ou se sou apenas
um fantasma,
o reflexo de minha própria
arte,
acorrentado à caneta
e a essas letras azuis.
É tudo o que me restou
se não porque viver?
Esperar até os 80 e morrer.
Então da arte me mantenho
vivo
torço para dias onde
eu consiga chegar em
um ponto onde sobrevivo
faturando o que me obrigam
de dinheiro,
sem essas notas me torno
frágil como um copo
de vidro. Exposto a todo
o mundo que criamos
como fungos racionais
espalhados por todos os polos.
O mundo fede a um boeiro
cheio de baratas,
os rios fedem como encanamentos
enferrujados de um banheiro
de posto, veterano de guerra
que já viu muito sangue ser derramado.
Isso é tudo que mostram
na teve.
Em todos os canais um jornalista
falando sobre tragédia ou futebol
ou algo super irrelevante sobre
famosos.
A sociedade se alimenta
do primário e já se sentem
saciadas. Vivem de experiencias
primeiras.
Ignorantes pelo fato de existir
elegeram o ódio como herói
em nome do amor.
Navegue na internet e conheça
o acéfalo que governa um país.
Bolo outro guimba
e dou um fim no chamado
tédio. O que meus braços
impotentes podem fazer
enquanto eles podem explodir
a terra com o aperta de alguns
botões? E pronto. BUM!
Pensando bem. Até que não
seria tão ruim assim.

 
Autor
GabrielsChiarelli
 
Texto
Data
Leituras
463
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.