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Carreador

 
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Carreador

Sempre me lembro de um velho carreador
Cortando o sitio da morada até o espigão
Nos dias de chuva a enxurrada com rumor
Deixava valetas e provocava muita erosão

Os caminhões que vinham lá buscar cerais
Deixavam sulcos na terra fofa do carreador
Essa paisagem eu não esqueço nunca mais
Quanta saudade que se mistura à minha dor

Num certo dia um caminhão ficou atolado
E por um trator ele teve que ser arrastado
Até poder chegar à cabeceira no espigão

Pra nós crianças tudo aquilo era uma festa
Pois com o tempo nada disso agora resta
E a meio da roça passa qualquer caminhão.

Jmd/Maringá, 29-03-19





verde

 
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João Marino Delize
 
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Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 30/03/2019 13:31  Atualizado: 30/03/2019 13:31
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 Re: Carreador
Bom dia João Marino Delize, teus versos retratam o nosso fascínio quando criança por fatos corriqueiros do cotidiano rural, parabéns pelo vosso envolvente poema, um abraço, MJ.