SEM VINHO OU SEM POEMA?
(Jairo Nunes Bezerra)
Hoje não  vai ter poema... O vinho se acabou,
Lá fora a chuva cai copiosamente...
O dia clareado  vislumbra a tarde que chegou,
Surgida aos poucos, lentamente!
A  minha inspiração  vagueia no espaço,
E vazio preenche  a minha atribulada rotina...
Diante de tudo me sinto desolado,
 Liberando lágrimas das  minhas retinas!
Logo,  brevemente , reinará  a  negritude,
Já oscila  do luar a sua luz com amplitude,
Banhando abaixo o azulado mar!
A escuridão  impulsiona da claridade a  partida,
Agora apenas  retida,
Pela falta de meu  vicejante  versejar!