Poemas : 

VIDA E MORTE -II

 
VIDA E MORTE -II
Essa certeza óbvia é a única: Todas as coisas vivas morrem...
Só as coisas mortas nunca morrem.
Mas a morte não é a ausência de vida e sim a transmutação, a transformação tanto do corpo como da alma.
Os mestres nos dizem que voltamos para o lugar de onde viemos.
Nada realmente morre.
Fisicamente, a morte é a modificação para compor novos seres.
Espiritualmente é voltar para junto do Eterno de onde nunca saímos, tenha ele o nome que for: Deus, Javé, Jeová, Krishna Oxalá, Alá ou Tupã... A morte só existe para quem nela acredita.
Não é real.
Tudo o que existe é transformação.
Somos eternos, não como homens de ego
Mas como seres de energia entre seres de energia.
O ego - esse com nome e sobrenome - é a maior das criações humanas.
A mentira que se transformou em realidade em um mundo ilusório e imperfeito.
Mas o universo não é imperfeito.
Tudo é perfeito como tem que ser.
Analise o mal.
De onde ele realmente vem?
Sabemos a resposta.
O mal vem do homem-ego.
Esse ser limitado em anos inventados, que se quer deus em uma identidade de mentira.
O mal é consequência da visão rasa desse ser que se perdeu em sua imaginação.
Não, meu amigo, o mal não vem de uma entidade negativa criada para ser o contrário do ser do bem.
Você inventou o demônio para justificar seus atos errôneos motivados pelo ego.
Você também inventou o lado bom – Deus – a sua imagem e semelhança.
Do tamanho absurdo do seu ego que nunca realmente foi alguma coisa.
O bem e o mal são faces da mesma moeda imaginária criada pelo que pensa ser.
A Divindade não se divide entre o bem e o mal.
A Divindade é.
Simplesmente é. Além destes conceitos inventados por você – pobre criatura de mentira.
Se você aceitasse a sua verdadeira essência, nada do que inventou existiria nesse drama macabro que você denomina “seu mundo”.
Céu e Inferno – esse conto que criou para contrabalançar tudo que fez de errado – são a doce mentira para justificar a morte e a sua tentativa de continuar além dela como um nome e uma identidade.
Você é eterno. O seu verdadeiro Eu é eterno.
Rasgue todas essas mentiras que criou para se sentir o poderoso João, Maria, Marcelo, Madalena.
Apague a ideia de mal e bem. Céu e Inferno. Deus e Demônio.
Acorde para se saber eterno em um mundo eternamente em transformação.
(Irmão Paulo de Paz).

 
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