Luso-Poemas
 
Poemas : 

Rasteiro

 
Com palavras soltas por minha reflexão
cutuquei a cobra inerte
entre o capim amarelecido pelo tempo
e seco pela falta de sentimento.
A cobra saindo de seu esconderijo,
no seu jeito dengoso de mover,
soltou seu veneno em versos enrolados
que caíram no chão endurecido.
Voltei para o tempo do presente,
sem veneno nem versos.
Os deixei com a cobra que no passado
ficou rastejando pelos capins da vida.

Carpe diem

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Violante
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Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 15/07/2020 18:06  Atualizado: 15/07/2020 18:06
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8826
 Re: Rasteiro
.. e o rastejar da cobra,
não dobra o capim
nem curva o sopro dos versos...

Lindo texto poético! Adorei.

Abraço!
upanhaca

Enviado por Tópico
nereida
Publicado: 16/07/2020 13:17  Atualizado: 16/07/2020 13:17
Membro de honra
Usuário desde: 27/08/2017
Localidade: São Paulo
Mensagens: 2285
 Re: Rasteiro
Muito interessante seu poema, gostei deveras. Abraço com carinho.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/07/2020 21:16  Atualizado: 16/07/2020 21:16
 Re: Rasteiro
Olá Violante,

Muito interessante o seu poema.
O último verso é excelente: Ficou rastejando pelos capins da vida.

Beijo

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