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Paradoxos

 
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Todo amor é uma presença transparente
Que vestimos no despertar a luz do dia
É um quê vítreo sem medida vertical
Capaz de fazer da vida uma jornada
Seja por entre as planícies ensolaradas
Ou nos subterrâneos de toda angústia
Choro por aqueles que nunca amaram
Pois estiveram à janela e a vida a passar
Foram mortos antes do toque da adaga
Não puderam ouvir a fúria dos temporais
Também não sentiram o perfume vespertino
Que exala dos jardins no ocaso de verão
O amor é toda contradição que se exige
Para que viver não seja uma tela em branco
Além dos campos sem qualquer memória
O amor dói na alma e é seu bálsamo
É o segredo que não perfaz aos covardes
É entrega e surpresa no espectro do zodíaco
Em mim é tanto a ave como o próprio voo.



"Somos apenas duas almas perdidas/Nadando n'um aquário ano após ano/Correndo sobre o mesmo velho chão/E o que nós encontramos? Só os mesmos velhos medos" (Gilmour/Waters)


 
Autor
Sergius Dizioli
 
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