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O Hoje, o Amanhã e o Nunca

 
 
Fica fácil dar prognósticos sobre fatos passados: O resultado do jogo de basquete entre o time A e o time B será a vitória do time B por 118 a 95.
Oh... está correto (aplausos).
Mas o jogo foi ontem e não há mérito nessa nessa 'previsão'.
Vemos nos dias atuais, os arautos dos fatos passados. Pessoas cheias de "eu te disse", mas que nunca lembramos delas terem dito isso antes do resultado.
Adquirir a confiança dos outros com previsões de um "futuro passado" tem sido a arma de muitos daqueles que nos querem convencer de seu valor para que os sigamos e, no momento correto, venhamos a apoiá-los.
Enfrentamos o maior dos conflitos mundiais desde a criação de redes sociais na internet e desde que as distâncias passaram a inexistir face ao trânsito livre das informações.
O último grande conflito armado de proporções mundiais foi a segunda guerra e nós sabemos muito mais sobre ela que sabemos sobre a primeira guerra.
Se falarmos da última pandemia, vamos para 2002 com a SARS e sabemos bem menos sobre ela - sem Facebook ou Whatsapp as informações limitaram-se muito mais que hoje.
Os problemas de hoje serão sempre menores que os de amanhã, mas não somente em si. Um tanto disso ocorre pelo aumento da nossa capacidade de obter as informações.
Ainda assim o maior complicador disso tudo é que sempre haverá coisas com as quais nunca nem sonharemos sequer.
Mesmo assim os profetas dos dias passados virão e dirão: mas eu não disse?


"Somos apenas duas almas perdidas/Nadando n'um aquário ano após ano/Correndo sobre o mesmo velho chão/E o que nós encontramos? Só os mesmos velhos medos" (Gilmour/Waters)


 
Autor
Sergius Dizioli
 
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