Prosas Poéticas : 

No calor do nosso eterno amor

 
Open in new window

Ó minha afeiçoada querida!
De mãos dadas com a brisa matinal,
Foste distribuir beijos pelos campos;
Deste à rosa-flor o último beijo,
Que te dei no crepitar da aurora,
A hora em que os beijos sabiam mais,
Inda ficaste com mil beijos meus,
Dê-os à lua, ao sol e aos beija-flores.
Beijos nunca te faltarão, enquanto o amor
Inda viver em meu coração, que tanto
Te ama. Dar-tos-ei de verão-a-verão,
E na primavera ajudar-te-ei distribuí-los
Pelos jardins, onde nascera o nosso amor,
Sob olhar das rãs ciumentas, que nos olhavam
Do translúcido lago, que corria entre liláceas.
Podes distribuí-los querida, fabricá-los-ei
Pra ti, nos rodeios do amor que tenho pra ti,
E quando a noite chegar, cada beijo seu peso,
No calor do nosso eterno amor.

Adelino Gomes-nhaca



Adelino Gomes

 
Autor
Upanhaca
Autor
 
Texto
Data
Leituras
842
Favoritos
2
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
23 pontos
1
3
2
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 14/04/2021 13:44  Atualizado: 14/04/2021 13:44
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8307
 Re: No calor do nosso eterno amor
No calor do amor sentido,
Do amor vivido a dois,
Não há nenhuma lava vulcânica,
Que aquece mais os corações
Do que abraço das pessoas
Que se amam.